Operação Sorriso doa 215 mil EPIs para hospitais

Operação Sorriso doa 215 mil EPIs para hospitais

A campanha Juntos Por Vocês, lançada pela Operação Sorriso, já destinou cerca de 215 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para quatro hospitais das regiões Norte e Nordeste. Desse total, 200 mil EPIs foram doados do estoque da entidade, que é uma das maiores organizações médicas voluntárias do mundo.

 “A campanha é a forma que encontramos para retribuir todo o trabalho e o carinho que os profissionais de saúde sempre tiveram conosco e com os nossos pacientes. Esses profissionais atuam como voluntários em nossas missões humanitárias e é graças a eles que já atendemos cerca de 12 mil famílias e operamos mais de 5,7 mil pessoas com fissuras faciais no país”, afirma Túlio Prazin, presidente do Conselho Diretor da Operação Sorriso do Brasil.

Três dos hospitais beneficiados recebem as missões humanitárias da Operação Sorriso. São eles: Hospital e Maternidade Sagrada Família – Sociedade Beneficente São Camilo (Santarém, Pará), Hospital Santa Marcelina (Porto Velho, Rondônia) e Hospital Wilson Rosado (Mossoró, Rio Grande do Norte). Além destes, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (Santarém, Pará) também recebeu 15 mil máscaras cirúrgicas doadas pela Temasek.

Parte dos materiais doados foram transportados gratuitamente pela Azul Cargo, companhia que pertence à Azul Linhas Aéreas e é uma das parceiras da Operação Sorriso.

Hospital e Maternidade Sagrada Família – Sociedade Beneficente São Camilo (Santarém, Pará)

Hospital Regional do Baixo Amazonas (Santarém, Pará)

Hospital Santa Marcelina (Porto Velho, Rondônia)

Hospital Wilson Rosado (Mossoró, Rio Grande do Norte)

O amor de uma avó que nunca desiste

O AMOR DE UMA AVÓ QUE NUNCA DESISTE

Alguns pacientes têm uma longa história com a Operação Sorriso. Dependendo do tipo de fissura labiopalatina, alguns precisam de muito mais do que uma única cirurgia. Um deles é o Francisco, que conhecemos em 2016 durante uma missão humanitária em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Muito tímido, ele pouco interagia com as pessoas. O tom de voz muito baixo e o olhar, frequentemente voltado para o chão, escancaravam a vergonha que o menino tinha por causa da fissura labiopalatina que estava em seu rosto. Os longos cabelos, inclusive, eram usados para esconder a malformação em seu rosto.

Junto com Francisco, conhecemos uma das pessoas mais especiais nesses últimos 23 anos da Operação Sorriso no Brasil: a dona Cosma. Então com 67 anos, a avó foi quem criou o menino desde o seu nascimento. “O pai nunca foi presente na vida dele e a mãe dele, minha filha, me entregou o Francisco quando ele saiu da maternidade, porque disse que não saberia criá-lo”, conta a idosa.

O menino tinha uma fenda bilateral no lábio e outra fenda no palato. No momento do nascimento, a família não foi orientada sobre como ele deveria ser alimentado. Segundo dona Cosma, ele não mamou e engasgava muito ao receber líquidos. Por causa disso, ela passou a alimentá-lo apenas com uma colher.

Desistir não é uma opção

Dona Cosma e Francisco vivem em Marizópolis, no sertão da Paraíba. Ela levou o garoto duas vezes até a capital João Pessoa para tentar uma cirurgia reparadora, mas nunca conseguiu, pois ele tem asma e os médicos diziam que seria um risco operá-lo.

Então, em 2016, o pai de uma voluntária da Operação Sorriso ficou sabendo do caso de Francisco e avisou Dona Cosma sobre a missão humanitária da Operação Sorriso que aconteceria em Mossoró, no Rio Grande do Norte, a quatro horas de carro de Marizópolis.

Mais uma vez, dona Cosma levou o filho/neto em busca da sua cirurgia, mas, dessa vez, ela fez uma promessa para São Francisco: se ele fosse selecionado, o menino cortaria o longo cabelo para agradecer pela sonho realizado.

O início da transformação

Aos 12 anos, em 2016, Francisco foi um dos 53 pacientes selecionados para a cirurgia. No dia seguinte da operação, dona Cosma cumpriu a promessa e cortou o cabelo do menino para agradecer pela graça alcançada. Ele nem se importou, a felicidade agora era mostrar o sorriso novo que ele tinha no rosto.

Seis meses depois, voltamos à Mossoró e lá estavam Francisco e dona Cosma. Agora, a esperança era conseguir uma cirurgia para reparar a fenda palatina. Mais uma vez, o neto foi selecionado e a operação foi realizada.

O tempo se passou e, em 2020, reencontramos os dois. Agora com 16 anos, Francisco já tinha crescido bastante e dona Cosma continuava com o mesmo carisma encantador. Dessa vez, o objetivo era realizar um reparo na cicatriz que ficou acima dos lábios e, novamente, ele conseguiu.

Ao ser perguntada sobre o que mudou desde a primeira operação, dona Cosma lembra que antes, quando saia com o neto na rua e alguém apontava para ele, Francisco se escondia atrás dela. “Ficava com pena e acabava voltando para casa”, relembra. Na escola, as crianças também já não mexem mais com ele. “Ele ainda é envergonhado, mas hoje tem amigos e é bom aluno”, diz a avó orgulhosa. A matéria preferida? Geografia. E um dos hobbies favoritos é jogar Minecraft no celular.

Apesar dos 71 anos, dona Cosma segue com bastante energia. Enquanto Francisco era preparado para mais uma cirurgia, ela batia papo com os voluntários e até se arriscou em uma roda de samba formada por algumas enfermeiras e médicas da Operação Sorriso.

O futuro de Francisco

As cirurgias permitiram que o garoto pudesse frequentar a escola e aprendesse a ler e escrever, algo muito importante para dona Cosma. Analfabeta, ela sonha com um futuro melhor para o neto. “Quero que ele seja uma pessoa do bem. Ele escreve bem, tem a letra bonita… Oriento ele a estudar para que consiga um emprego bom em um escritório”, conta a avó.

Ao ser chamada para buscá-lo da última cirurgia, dona Cosma juntou as mãos e agradeceu a Deus. “Estou muito feliz que deu certo mais uma vez. Sou religiosa e rezei muito para que a gente fosse agraciado de novo. Sempre assisti a missa na televisão e rezava de olho fechado, porque tenho muita fé. E olha aí como funcionou”, agradeceu a idosa.

Você pode transformar a vida de famílias como a da dona Cosma e do Francisco.

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Uma história de superação e transformação

UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO

Ao longo dos últimos 23 anos de atuação da Operação Sorriso no Brasil, conhecemos muitas histórias de superação de pacientes com fissura labiopalatina e de suas famílias. Uma das mais incríveis é a de Luis Davi.

Muito alegre e de sorriso fácil, o menino, de três anos, brinca e penteia o seu boneco e depois começa a desenhar em um papel até ganhar uma máscara de presente. Ele coloca a máscara e, logo em seguida, a abaixa para dar um largo sorriso. Ele faz tudo isso usando apenas os pés. Além da fissura labiopalatina, o pequeno Davi nasceu sem os dois braços e desenvolveu uma habilidade extraordinária com os pés.

O primeiro contato entre o garoto e a Operação Sorriso aconteceu em 2016, quando estivemos em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para mais uma de nossas missões humanitárias. A mãe Albanete e o pai, o pastor Luis Paulo, viajaram pouco mais de três horas com o garoto para chegar até a cidade. Eles moram em Alexandria, município que fica na divisa entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba.

A descoberta da fissura e a transformação

Luis Davi é o filho do meio do casal. Os outros dois irmãos nasceram sem nenhuma malformação. A gestação de Albanete foi tranquila e eles só descobriram a fissura labiopalatina de Davi no momento do parto. “Foi um choque. Levamos ele ainda pequenininho para um hospital de Natal e disseram que ele não ia sobreviver, mas deu tudo certo e estamos aqui hoje”, conta a mãe.

 A primeira operação do menino aconteceu em 2016. Na época, ele foi um dos selecionados para a cirurgia e teve o lábio operado. No ano seguinte, a família voltou para mais uma missão humanitária em Mossoró e, dessa vez, Davi teve a fenda palatina operada.

Os anos se passaram e reencontramos a família em 2020. Crescido, o menino é ainda mais independente, mas uma coisa não mudou: a sua alegria contagiante. Davi é uma daquelas crianças que alegram todos a sua volta com um sorriso gostoso e sincero.

Hoje, ele frequenta a escola, gosta de ler e ama jogar futebol. Ele aprendeu a escrever com os pés e a sua letra é tão bonita que recebe muitos elogios das professoras. Davi representa muito mais do que uma história de transformação, ele é a prova de que nascer com uma deficiência ou malformação não deveria ser obstáculo para a felicidade.

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